sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Sacrilégio Maior


No Futebol Moderno, o comercial é que manda como sabido. Porém até que ponto isso pode chegar? A resposta é que não há limites, pois nem o manto de nossos clubes é respeitado, como podemos observar a cada temporada. A camisa nova vira uma espécie de macacão de corrida, tamanho o número de propagandas e tão indevidos lugares em que as colocam.

A cada ano que passa, novos patrocínios surgem e o estatuto do clube parece ser esquecido, devido a tanta falta de respeito por parte das diretorias que de nada impedem as ações bizarras criadas. Basta observar que hoje em dia, supervalorizadas são as peças “limpas” sem alusões a empresas ou as chamadas “modelo retrô”, que se assemelham aos artigos de décadas passadas no qual a vestimenta era basicamente o fator mais importante de uma partida, para distinguir os times adversários e não atrapalhar o decorrer do jogo. O absurdo é tanto, que encontramos cores de rivais em nossos próprios uniformes.

Por sua vez, o marketing acaba sendo tão importante, que vendas e lançamentos acabam tornando-se festas, ao passo de que deveriam ser corriqueiros, visto que a característica inicial e final de um clube de modo algum poderia provocar surpresas e espantos aos antigos torcedores. O resultado é que a descaracterização vira motivo de deboche e ninguém sabe o porquê de tantas mudanças drásticas em pouquíssimo tempo. No final não sabemos, se torcemos por uma marca que estampa seu logotipo gigante e assustador ou para nosso velho amigo de uma, duas ou três cores.

Mas o pior ainda acontece em grandes clubes que vemos por ai, que tem histórias de lutas e conquistas belas com a camisa principal que por motivo não explicado “vira uniforme de número dois”, será que após tantos anos alguém fica enjoado com o manto sagrado, a ponto de aposentá-lo pelo “substituto”? E mais ainda, o que os divinos criadores das centenárias instituições de futebol achariam de tudo isso? Coisas que nem Deus tem resposta, mas nossas diretorias não duvidam!

O abandono às origens infelizmente é visível, porem as raízes jamais mudarão.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

De bobeira em Camburi Beach..


A Orla de Camburi em Vitória-ES que teve parte de suas obras concluídas ainda ano passado vem propiciando aos moradores da capital um ponto a mais de lazer. Visto que o calçadão foi expandido e uma ciclovia criada, a área foi tomada por skatistas e patinadores e logo matérias foram criadas dando incentivo ao mesmo tempo em que outras repudiam tais práticas. Chegou até se especular a proibição das rodinhas.

Acontece que o respeito deve ser mútuo, tanto por parte dos praticantes dos esportes, tanto pelos pedestres, pois o preconceito que sempre acompanhou principalmente o “carrinho” ainda existe e alguns usam de situações para pô-lo em prática na tentativa de retirar do novo espaço a molecada que se diverte. E é para que nenhuma medida seja tomada quanto a isso, que quem dá suas remadas por lá deveria se contentar “somente” a isso nas horas de pico, em que a concentração de pessoas no calçadão é grande. Porque já tendo adquirido a área, o passo mais difícil já foi dado e ficar mandando manobras nessas horas só atrapalha e faz a discriminação crescer, porque o único argumento que os “caretas” teriam a utilizar é um possível acidente devido a perda de controle da prancha.

Porque o maneiro agora é também ver caras já mais velhos surfando com o longão em Camburi e as criancinhas aprendendo. Então a parte da galera tem que ser bem feita, para não ocorrer um retrocesso como seria esse de coibir nossa prática, já tão difamada e restrita. Pois se começasse a haver realmente reclamações diversas não duvidaria que nossa querida Prefeitura acabasse por arrebentar com a parte mais fraca, ou seja, conosco.

A mesma Prefeitura que além de prometer mil melhorias em tempos que sempre se estendem e nunca se concluem e que deveria não se importar a um pequeno fator como esse e sim por dar uma iluminação decente a mesma Orla, a fim de diminuir os atos ilícitos a noite e gerar emprego ao invés de retirar como fez com os quiosques a beira da praia e que acima de tudo aumentava o turismo e o leque de opções dos moradores da redondeza. Fica aqui um lamento para os conservadores não sei de quê.

sábado, 9 de maio de 2009

O que é, o que é: Verde por fora, Vermelho por dentro? R: Melancia







Também acertou quem disse: jogador do Benfica com camisa do Sporting! Porque o assunto polêmico do dia é: Amor a Camisa!



Na maioria das vezes, escolhe-se um clube para torcer ainda criança, influenciado ou não pelo pai, amigo ou craque da época, etc. Mas para um garoto que sonha em ser um jogador de futebol, seu desejo maior acaba assim que vai se tornando profissional, ou seja, o clube do coração não será muitas vezes o mesmo que jogará.



Acontece que o "auê" é tanto quando fulano muda de time, que suas promessas de amor convencem aos menos atentos. Tem jogador aí que blasfemou clube "x" e no dia seguinte estava a beijar o escudo do mesmo. E é aí que entra a: "Falsa ética do Futebol Moderno".



Já repararam como nos dias de hoje as coletivas de imprensa e entrevistas com representantes de clubes, sejam dirigentes, técnicos ou atletas, são monótonas? Numa véspera de decisão ninguém mais ousa abrir a boca e dizer: " Amanhã entraremos com tudo e acabaremos com o time adversário, o título será nosso!". Ao contrário, o papinho que já virou demagogia é sempre de respeito e sinceramente pelo que vemos, isso não existe dentro das quatro linhas.



Tempo bom era quando seu atacante preferido falava e fazia, prometia gol e cumpria, mas parece que hoje em dia a ética já não mais permite destratar um companheiro de profissão. Tudo isso causado pela falta ao menos de respeito ao clube que lhe paga o salário, ou seja, a atual camisa que veste. Se aquele perna de pau não ousa dizer umas gracinhas sobre o "inimigo" é porque a mentalidade hoje em dia é outra, os moleques são criados desde a categoria de base com intuito de lucrar para ambas as partes e terceiros também envolvidos no processo. Eles tem medo do dia de amanhã e o que possa acontecer, medo de cair justo no clube que maltratou dentro e fora de campo!



Se antigamente se falava mal dos adversários, era por orgulho do manto que lhe cobria, do empregador que lhe tinha dado a oportunidade antes sonhada ainda garoto. O que serve também para os outros empregados do clube, seja técnico ou dirigente. É vergonhoso ver rotatividade dos chamados "presidentes de futebol" e ridículo a exaltação de certos técnicos nessa verdadeira dança das cadeiras.



Infelizmente nosso querido esporte tornou-se super comercial e quem paga a conta são os torcedores, com campanhas deprimentes e campeonatos idem.



Futuramente escreverei sobre patrocínios, seria o clube da marca ou a marca do clube?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A mão Pesada da Justiça


Hoje é dia de falar do despreparo dos agentes de segurança. Homens formados ou não para um único e longinquo propósito: exercer a paz nos estádios! Mas o que eles demonstram não passa de preconceitos e hipocrisia. Sai da frente que a cavalaria vem aí.


Muito se fala de violência entre torcidas e o cacetete é esquecido, isso porque, os escritores indubitavelmente não vão aos estádios. A cena é a mesma sempre: encurrala-se os torcedores como se fossem bois e um simples olhar para o "segurança" ocasiona um hematoma. A visão é típica de Guerra Medieval: cavaleiros e suas espadas, e um enorme exército de belas armaduras atrás. A diferença aqui é que todos eles desempenham o papel de "batedores", tanto os que vão mais a frente, quanto os de trás.


Essa situação tornou-se tão desgorvenada, que os justiceiros não hesitam nem em apontar suas armas aos trabalhadores que estão indo se divertir no fim de semana. E mortes devido a essas ousadias viram matéria. Contra esses Gladiadores não há defesa!


Porém o problema por eles causado não é "somente" a brutalidade. Pois muito dos cambistas vestem farda e sabemos que a falta de ingresso devido este ato ilícito, leva a revolta da torcida, que sai em jornais e tornam-se logo discriminação. Vimos há duas semanas aqui no Brasil, a final do Campeonato Paulista 2009 ser prejudicada devido a essa ação de extorção. E o que a mídia faz, é lógico, mostra somente o coitado do cambista apanhando e não a gigantesca fila, com mulheres, crianças e idosos, horas a fio esperando para ver um jogo muito importante aos mesmos. Como se não bastasse, a escolta ali está "disciplinando" o povo!


Vergonha, o que o Futebol Moderno proporciona aos seus amantes, sejam eles simples, estudados, ricos ou não, religiosos.. porque quando a bola rola no gramado, só existe dois tipos de pessoas no mundo: quem está do lado de cá da bancada e os nojentos do lado de lá.
Amanhã tem: Amor a camisa. Será que existe essa tal ética que tanto faz sucesso hoje em dia no meio do futebol?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cartolagem e Caça-níqueis

Continuando o assunto de ontem, vou dedicar o dia de hoje a estes seres caricatos que povoam o folclore do futebol, os chamados cartolas.

Cartolas esses cujo apelido deve vir por causa dessa peça do vestuário masculino, muito utilizada em shows de ilusionismo, porque é cada mágica que esses Senhores fazem! Compro um jogador de um timinho aqui vendo por milhões ali..desapareço com a renda de um jogo num passe de mágica e o gran finale, faço uma multidão ensadecida de 80 mil torcedores serem somente 20% dessa cifra. Calma, porque quando abaixar o véu, o público pagante volta ser o que era antes. É garotada, o futebol anda jogando pessimamente e sempre mexendo errado.

Nossos clubes do coração, exportam jogadores para a terra do Gênio da lâmpada mágica mas não tem o dinheiro necessário a manutenção do próprio estádio (isso se o tiver!), quanta decadência vive o já decrépito Futebol Moderno. Mais vale ao homem de fraque, um torcedor no sofá, que dois no maraca! Mas não elogie a mãe do juiz ainda, porque tem promoção de ingresso pra nós. Lamentável.

E se hoje ainda temos superlotações, venda de ingresso em tempo recorde e lindas festas na arquibancada amigos, é graças a nós mesmos. A diretoria do futebol se chama Torcida e ela tem o poder de demitir ou contratar um baita de um perna de pau se o quiser, pois a virada é por nossa conta. Não nos deixemos enganar mais por promessas mirabolantes, a realidade é outra.

Enquanto eles enchem o bolso, nós somos obrigados a ir no estádio na hora de criança dormir! Para assistir uma partidinha meia boca e voltar para casa com todo o perigo que o horário proporciona, para ainda dormir o (pouco) que resta e levantar para o trabalho. Tudo isso, para não prejudicar a grade das emissoras que compram todos os direitos dos campeonatos e lucram com os seus singelos patrocinadores. Ou você ainda prefere uma peladinha terça de tardinha, ninguém faz nada mesmo, ou tem o horário de almoço também, o solzinho tá ótimo. É um grande desrespeito ao público presente!

E o mister ainda profetiza: esse ano seremos campeões! É, nada que uma fézinha, não resolva.
Amanhã tem outro assunto caótico em pauta: a onipotente viôlência dos homens da lei, aguarde.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Baptism in fire!

Começarei o Blog falando de futebol. Porém sob a abordagem de nós simples torcedores.

Vendo os estaduais que nesse último fim de semana teve decisões em vários lugares do Brasil, percebe-se em meio a empolgação dos vencedores, um triste fato, o descaso atual que se tem com os fanáticos pelo esporte mais popular do mundo. Mais triste ainda é saber que o mesmo ocorre em todo o planeta.

Desde que esse esporte passou a ser comercial, ou seja, o Futebol Moderno, viramos simples clientes. Filas e horas causadas por cambistas que praticam extorção(juntamente com Federações e Clubes), violência por parte das "otoridades" e horários inadequados exigidos por canais de televisão, tendem a deixar o futebol cada vez mais feio. Mas nós doentes, ao contrário do que se quer nunca nos calaremos, apoiamos nossos clubes por mais horrorosos que sejam os times de empresários montados pelos cartolas que não nos querem no estádio e por isso mesmo comparecemos.

Ficamos sujeitos ao maravilhoso preparo que mais agride do que protege. Apertados na bancada, gritamos até a voz sumir o jogo inteiro para que na hora do gol de nosso querido pavilhão, todos aqueles que estão do mesmo lado que o nosso tornem-se amigos em meio aos abraços e pulos. É, realmente temos um grave problema: somos apaixonados por um CLUBE e no dia em que os espertos dirigentes notarem isso é capaz de ser tarde demais.

Nos próximos dias, continuarei este papo, pegando os pontos fracos do maléfico Futebol Moderno.